Fazer o Bem sem olhar a Quem (3 de novembro)
"Para o crente, e mais ainda para o espírita,
a maneira de ver é inteiramente diversa, porque ele dirige o seu olhar para o
passado e o futuro, entre os quais, a vida presente é um momento apenas. Sabe
que, pela própria destinação da Terra, nela devem encontrar homens maus e
perversos; que as maldades a que está exposto fazem parte das provas que deve
sofrer. O ponto de vista em que se coloca torna-lhe as vicissitudes menos
amargas, quer venham dos homens ou das coisas. Se não se queixa das provas, não
deve queixar-se também dos que lhe servem de instrumentos. Se, em lugar de
lamentar, agradece a Deus por experimentá-lo, deve também agradecer a mão que
lhe oferece a ocasião de mostrar a sua paciência e a sua resignação. Esse
pensamento o dispõe naturalmente ao perdão. Ele sente, aliás, que quanto mais
generoso for, mais se engrandece aos próprios olhos e mais longe se encontra do
alcance dos dardos do seu inimigo.
O homem que ocupa no mundo uma posição elevada não
se considera ofendido pelos insultos daquele que olha como seu inferior. Assim
acontece com aquele que se eleva, no mundo moral, acima da humanidade material.
Compreende que o ódio e o rancor o envileceriam e rebaixariam, pois, para ser
superior ao seu adversário, deve ter a alma mais nobre, maior e mais
generosa."
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXII, item 4
"Inconformação
diante dos sofrimentos?
Olhe em
derredor e reconhecerá legiões de pessoas que sofrem muito mais sem as suas
possibilidades de reconforto.
Desentendimento
em família?
Oriente as
crianças de casa e respeite os adultos, deixando a eles a faculdade de se
decidirem, quanto às próprias realizações, qual acontece no mundo íntimo de
cada um de nós.
Algum erro
cometido?
Reconsidere
a própria atitude e não se constranja em aceitar as suas deficiências, de modo
a corrigi-las.
Erros
alheios?
Observando-se
quão difícil aprender sem errar, saibamos desculpar os desacertos dos outros,
tanto quanto esperamos tolerância para os nossos.
Entes
queridos em falha?
Deus que
nos criou a todos saberá conduzi-los sem que tenhamos a obrigação de
arrasar-nos ao vê-los adquirindo as experiências da vida, pelas quais também
nós temos pago ou pagarmos o preço que nos compete.
Provação?
Uma visita
ao hospital pode dar a você a ficha de suas vantagens em relação aos outros.
Problemas?
Não se
sabe de criatura alguma que evolua ou se aperfeiçoe, sem eles, incluindo aquelas
que se supõe tranquilas por estarem fugindo provisoriamente de trabalhar.
Angústia?
Ao que se
conhece, todo tratamento para supressão da ansiedade está baseado ou
complementado pelo serviço em favor de alguma causa nobre ou em auxílio de
alguém.
Censura?
Um minuto
de autoanálise nos fará sentir que não estamos muito certos, quanto à nossa
própria resistência, se acaso estivéssemos no lugar daqueles que jazem caídos
em desapreço.
Desilusões
e fracassos no relacionamento afetivo?
Experimente
Jesus."
Mensagem n° 30 "Males e remédios", Livro "Respostas da Vida" de Chico Xavier e André Luiz
"O Homem de Bem"
"O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros aquilo que queria que os outros fizessem por ele.
Tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se em todas as coisas à sua vontade.
Tem fé no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da
vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita
sem murmurar.
O homem possuído pelo sentimento de
caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, paga
o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre o seu
interesse à justiça."
Evangelho
Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 3
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