Benevolência e Paz (20 de setembro)





Tendo em conta que amanhã é Dia Internacional da Paz(21 set), vale a pena refletir...



 "A benevolência para com os semelhantes,
fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua
manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a
educação e o  raquejo do mundo podem dar
o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma
máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as
deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos
lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste,
mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a
face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás." E. S. E.
Cap. IX, item 6


Q. 886“Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como entendia
Jesus”?
Benevolência para com todos, indulgência
para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas. A caridade, segundo
Jesus, não está restrita à esmola. Ela abrange todas as relações que temos com
os nossos semelhantes, quer sejam nossos inferiores, nossos iguais ou
superiores. Ela nos ordena a indulgência porque nós mesmos temos necessidade
dela." Livro dos Espíritos.
"A caridade moral consiste em se suportar
uns aos outros. (...) Há um grande mérito, crede-me, em saber se calar para deixar
falar um mais tolo; e ainda aí está um género de caridade. Saber ser surdo quando
uma palavra de zombaria escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso
de desdém que acolhe a vossa entrada entre pessoas que, frequentemente, erradamente,
se creem acima de vós, enquanto que, na vida espírita, a única real, estão algumas
vezes bem longe disso; eis um mérito, não de humildade, mas de caridade; porque
não anotar os erros de outrem é caridade moral." E. S. E.,  Cap. XIII. Item 9.

      "O sentimento de caridade,
complementado pela ação caridosa, diminui o poder do ego estimulando o processo
de desenvolvimento espiritual. Psiquicamente, o indivíduo consegue melhor
elaborar seus conteúdos inconscientes bem como aqueles conscientes que impedem
a percepção de si mesmo. Esse sentimento provém do Espírito e se torna
consciente com o exercício constante e persistente da ação caridosa.
(...) As relações sociais naturalmente
geram tensões, disputas e diferenças, colocando o ser humano em constante
embate entre sua individualidade e as exigências do mundo. Ora ele afirma sua
individualidade, ora ele busca sua identidade com o grupo social de que faz
parte. O alívio dessas tensões significa o encontro consigo mesmo e a paz com o
mundo. A caridade proporciona a necessária identidade com o mundo por trazer
consigo a empatia nas relações com o próximo. Ela permite a identidade com o
semelhante de tal forma que o indivíduo se sente uno com o outro, igualando-se
a ele na sua necessidade. Psiquicamente diminui as barreiras que provocam
tensões e elimina as vaidades do ego, aproximando as pessoas umas das outras.
Estar em paz é garantia para o equilíbrio
psíquico, previne os acessos abruptos do inconsciente e inibe as obsessões.
Nesse estado, o indivíduo entra em contato com os Bons Espíritos, favorecendo
sua motivação para viver. Semelhante estado se alcança com a vivência da caridade.
Ela promove o bem estar psíquico preparando a mente para vencer as investidas
persistentes dos conflitos oriundos das vidas passadas enraizados no
inconsciente. A “fina camada” que separa a vida consciente da inconsciente,
onde se encontram as experiências esquecidas da atual encarnação e das vidas
anteriores, permite a passagem, para o aprendizado do Espírito, dos complexos
afetivos oriundos de antigas situações dolorosas. Essa influência constante do
passado sobre o presente é amenizada pelo sentimento de caridade, que age como
um filtro, atenuando os efeitos sobre a vida consciente.
A ação da caridade sobre o próximo é uma
terapia fundamentada no amor que atinge principalmente aquele que a executa."
 
Livro " Psicologia do evangelho",
Cap. 15,  de Adenáuer Marcos Ferraz de
Novais. "

"Em verdade vos digo: os que carregam
seus fardos e assistem os seus irmãos são os meus bem-amados. Instrui-vos na
preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos ensina o objetivo
sublime da prova humana. Como o vento varre a poeira, que o sopro dos Espíritos
dissipe a vossa inveja dos ricos do mundo, que são frequentemente os mais
miseráveis, porque suas provas são mais perigosas que as vossas. Estou
convosco, e meu apóstolo vos ensina. Bebei na fonte viva do amor, e
preparai-vos, cativos da vida, para vos lançardes um dia, livres e alegres, no
seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfeitos, e deseja que
modeleis vós mesmos a vossa dócil argila, para serdes os artífices da vossa imortalidade."
E. S. E. Cap. VI, item 6   

"Não basta que os lábios destilem
leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia.
Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o
mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens
pelas aparências, não podem enganar a Deus."   E. S. E.
Cap. IX, item 6



"A benevolência é como “um sentimento
de profundo amor pelo seu próximo, e de compreensão pelos seus atos.” Livro
Diretrizes para o êxito, de Divaldo Franco e Joanna de Angelis. 

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