Doença mental ou problema espiritual? (26 de fevereiro)


"Vive-se na Terra o momento angustiante da incerteza. Tudo quanto constitui segurança – poder político e económico, saúde, cultura, equilíbrio social, juventude, beleza, amor, paz – de um para outro momento muda de configuração, e surgem os desafios que consomem as energias emocionais, mentais e físicas dos indivíduos, não raro levando-os ao desalento, à alucinação, aos transtornos do comportamento e da mente. O ser humano conseguiu a máxima glória da ciência sem a correspondente da consciência.
As propostas hedonistas–utilitaristas conduziram-no à busca desesperada do poder e do prazer, como se isso constituísse a razão única da existência física no planeta. Como consequência, cansado do gozo ou frustrado na sua experiência, aturde-se e se atira ao desencanto que precede os graves transtornos de conduta que o envilecem, conspirando contra a sua caminhada evolutiva.
As admiráveis conquistas das ciências psíquicas – a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise – que têm oferecido nobres terapêuticas preventivas e curadoras para os desvios de comportamento e para outras alienações mentais, não lograram tornar mais feliz nem mais seguro neste momento o viajor do terceiro milénio.
A herança ancestral amargura-o e as ambições cultivadas que se desvanecem infelicitam-no.
Em razão dos fatores endógenos, que procedem de outras existências, como dos exógenos, que também se encontram ínsitos nos desvarios das reencarnações transatas, respondem pelos transtornos mentais que se avolumam na massa humana e se apresentam terríveis em todos os segmentos da sociedade, ceifando alegrias, desorganizando sistemas e grupos bem constituídos, assim como vencendo indivíduos solitários, que se alienam e ameaçam a economia moral do planeta com seus desequilíbrios e alucinações.
Essas ocorrências infelizes que afetam as áreas da saúde bem como as mais diferentes nas quais se movimenta a criatura decorrem da sua indiferença aos soberanos códigos da vida, que se sustentam na lei de amor, essencial à harmonia sob todos os aspetos que se imaginem.
Havendo perdido o contato com o si profundo, por decorrência da sua rebeldia em relação ao Criador, pensa que somente na organização física reside a vida, naufragando nas experiências a que se entrega, por falta de sustentação das bases morais e emocionais que se apresentam de estrutura frágil, porque fincadas na indiferença aos valores espirituais.
É inevitável, portanto, a queda nos sofrimentos graves dos transtornos mentais e emocionais, nos acidentes rudes de toda espécie.
Felizmente, nesse báratro, luzem hoje novas perspetivas de salvação propostas pela moderna psicologia transpessoal, que encontrou o Espírito como responsável por todas as ocorrências de sua trajetória, ele mesmo o autoterapeuta para a recuperação dos valores perdidos sob a segura orientação de especialistas credenciados nessa área para o ajudar.
Simultaneamente descobre a Doutrina Espírita que, desde 1857, esclarece o ser sobre suas responsabilidades e possibilidades iluminativas, desbravando o país da alma com os equipamentos seguros da lógica e da razão, estruturados nas comprovações mediúnicas em torno da imortalidade do Espírito, da justiça divina, das reencarnações que lhe facultam o abençoado roteiro de evolução."

Transtornos mentais, do livro "Transtornos Mentais" de Suely Caldas shoubert

"A medicina humana será muito diferente no futuro, quando a ciência puder compreender a extensão e complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico. Muito raramente não se encontram as afecções diretamente relacionadas com o psiquismo. Todos os órgãos são subordinados à ascendência moral. As preocupações excessivas com os sintomas patológicos aumentam as infermidades; as grandes emoções podem curar o corpo ou aniquilá-lo… O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscreverá sua ação profissional ao simples fornecimento de indicações técnicas, dirigindo-se, muito mais, nos trabalhos curativos, às providências espirituais, onde o amor cristão represente o maior papel."

                                                                                  André Luiz, psicografia de Chico Xavier no Livro "Missionários da luz"

"As doenças pertencem às provas e às vicissitudes da vida terrena. São inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de toda espécie, por sua vez, criam em nossos organismos condições malsãs, frequentemente transmissíveis pela hereditariedade. Nos mundos mais avançados, física e moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades que o nosso, e o corpo não é minado secretamente pela devastação das paixões. É necessário, pois, que nos resignemos a sofrer as consequências do meio em que nos situa a nossa inferioridade, até que nos façamos dignos de uma transferência. Isso não deve impedir-nos de lutar para melhorar a nossa situação atual. Mas, se apesar dos nossos esforços, não pudermos fazê-lo, o Espiritismo nos ensina a suportar com resignação os nossos males passageiros. Se Deus não quisesse que pudéssemos curar ou aliviar os sofrimentos corporais, em certos casos, não teria colocado meios curativos à nossa disposição. Sua solicitude previdente, a esse respeito, confirmada pelo instinto de conservação, mostra que o nosso dever é procurá-los e aplicá-los. Ao lado da medicação ordinária, elaborada pela ciência, o magnetismo nos deu a conhecer o poder da ação fluídica, e depois o Espiritismo veio revelar-nos outra espécie de força, através da mediunidade curadora e da influência da prece."

E. S. E. Cap XXVIII, item 5, I – Preces Pelos Doentes, n° 77 prefácio

"No vosso mundo, tendes necessidade do mal para sentir o bem, da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde. Lá,(nos Mundos Felizes) esses contrastes não são necessários. A eterna luz, a eterna bondade, a paz eterna da alma, proporcionam uma alegria eterna, que nem as angústias da vida material, nem os contatos dos maus, que ali não tem acesso, poderiam perturbar. Eis o que o Espírito humano só dificilmente compreende. Ele foi engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas jamais pôde representar as alegrias do céu. E isso por quê? Porque, sendo inferior, só tem experimentado penas e misérias, e não pode entrever as claridades celestes. Ele não pode falar daquilo que não conhece. Mas, à medida que se eleva e se purifica, o seu horizonte se alarga e ele compreende o bem que está à sua frente, como compreendeu o mal que deixou para trás."

Lei de Amor, E. S. E. Cap. III, item 11

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