Eu escolho viver...em qualquer circunstância (22 de setembro)

Eu escolho viver...em qualquer circunstância. E aqui refletiremos acerca do suicídio assistido, como entende-lo à luz do conhecimento que nos é trazido pela Doutrina Espírita.

Levantamos aqui algumas questões e breves reflexões sobre as quais nos devemos debruçar.

 

1. A duração da nossa vida é determinada por quem?

 

     Geralmente, antes de encarnarmos, aquilo a que vulgarmente chamamos destino, ou seja, o decorrer da nossa existência na Terra com quase todas as atribulações que nela vamos experimentar, é delineado com (ou sem) o agrimam dos que irão encarnar, pelo nosso Criador ou pelos seus mandatados. Também a duração da sua vida nessa encarnação é estabelecida. Assim, jamais poderemos ser nós a deliberar quando e como iremos morrer. Desse modo, a nossa vida e a sua duração é exclusivamente determinado pelo nosso Criador.

     A maioria das vezes somos nós que escolhemos as provas, com vista à nossa evolução moral e intelectual. Com o nosso espírito desencarnado vemos muito mais claramente os sacrifícios que deveremos ultrapassar para obtermos essa depuração que nos é necessária. Com o véu do esquecimento, após a encarnação e sob o efeito da matéria, muitas vezes fraquejamos nessas provas e não as concluímos. Mas como Deus é justo e bom, dá-nos a oportunidade de cá voltar e completá-las, vindo quantas vezes o for necessário, até as terminar. 

 

2. A eutanásia consiste em abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um enfermo incurável.

     Não seria essa prática um bem, uma vez que a intenção é impedir que o doente sofra?

 

     O problema visto à luz do materialismo, sim. 

     Todavia, graças a Deus, a Providência Divina encaminhou-nos para o Espiritismo que nos abriu as portas do conhecimento, da razão e da lógica. Na posse desses conhecimentos e sabendo que esses sofrimentos nos são necessários para a evolução do nosso espírito, que é o que verdadeiramente conta, devemos aceitá-los com o máximo de resignação, nunca esquecendo que fomos cúmplices no delinear da nossa existência. Além disso, a fé que nos move tem de ser grande porque quanto maior for, mais e melhor nos ajudará a ultrapassar os escolhos.

 

     3. Devemos abreviar a vida dos portadores de doença que, segundo a ciência, não têm

         cura?

 

         Nunca deveremos abreviar a vida das criaturas portadoras dessas doenças, ditas incuráveis. Isso seria rasgar os planos previamente traçados e interromper o caminho que os levaria ao seu melhoramento.

         A Terra é um planeta de provas e expiações pelo que, se cá estamos, é porque esta estadia nos é necessária. Confiemos em Deus. Ele jamais nos abandonará, por mais difíceis que forem essas provas e essas expiações.

 

4. O sofrimento prolongado traz algum benefício para o espírito?

 

     Tratando-se de uma prova ou de uma expiação, por mais prolongado que ele seja, se for aceite com resignação, ele nos irá limpar das impurezas que o nosso espírito acarreta e isso só nos poderá trazer benefício.

 

5. Que finalidade teria uma vida vegetativa?

 

     Confiemos no Senhor. Se Ele nos destinou a uma vida vegetativa por algum motivo foi. Tenhamos confiança na sua Justiça Suprema e isso nos levará a um patamar um pouco mais alto. Ele não dá ponto sem nó. Por mais que tentemos fugir à Justiça Divina jamais o iremos conseguir. Assim, baixemos a nossa fronte altiva e arrogante perante Ele e peçamos o seu perdão com o arrependimento sincero pelas faltas cometidas que serão, certamente, muitas.

Joaquim Canudo

trabalhador da Associação Espírita de Évora



Compreender o que fazemos na Terra, de onde viemos e que a vida continua é fundamental para a valorização da vida. Cada passagem pela Terra é valiosa oportunidade de aprendizagem e crescimento. Que consigamos fortalecer a nossa fé e confiança, para que em hipótese alguma pensemos em desistir.



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